Um modelo de negócios é utilizado para estruturar a estratégia da empresa de forma planejada e, assim, melhorar as chances de sucesso através do alcance de melhores resultados. Porém, ele não pode ser visualmente enxergado, como acontece no Business Model Canvas.
Essa metodologia permite que os gestores montem a empresa como um quebra-cabeças, desenhando e alinhando os processos estratégicos. É uma forma bastante eficiente para identificar pontos fortes e potencializá-los — e, também, identificar e corrigir as falhas.
Diante da importância que ele representa na formação do plano de negócios, desenvolvi este artigo para você descobrir o que é o Business Model Canvas, e como ele funciona na prática. Continue a leitura e veja como você pode aplicá-lo no seu negócio ou na sua ideia!
O que é o Business Model Canvas?
O Business Model Canvas é utilizado para estruturar as áreas mais importantes da empresa em um quadro — demonstrando, de forma visual, em quais atividades deve-se focar.
Ele representa uma forma de criar um plano de negócios com maior interatividade e visão mais abrangente, para que os gestores possam avaliar as operações da empresa com mais clareza e objetividade. Resumindo, o Business Model Canvas pode ser considerado um plano de negócios desenhado para melhorar a visão dele.
Como o Business Model Canvas funciona na prática?
O Business Model Canvas respeita uma estrutura baseada em nove áreas, fundamentais e necessárias para que a visão dos gestores sobre o negócio seja realmente eficiente. Cada uma representa as atividades mais importantes que a empresa deve desempenhar para conquistar e reter clientes, criar, desenvolver e distribuir os produtos e serviços.
Ele visa, também, a formação de uma infraestrutura sólida que proporcione viabilidade econômica ao negócio. Conheça as nove etapas a seguir:
Público-alvo (segmentação de público)
Conheça seus clientes
Aqui, é importante investir em uma pesquisa de mercado para identificar o público ideal. Devemos ir além das pesquisas quantitativas — e fazer, também, uma pesquisa qualitativa para descobrir quais são seus desejos, necessidades, anseios e o que esperam do seu produto ou serviço, etc.
Separe os clientes por grau de relevância
Os clientes mais importantes para o negócio devem ser listados separadamente. Assim, fica mais fácil investir em um esforço de vendas com maior foco e melhores resultados.
Segmente ainda mais o público
Cada cliente possui uma necessidade diferente, formando outros grupos menores e mais segmentados. Conhecê-los é uma grande possibilidade de adaptar o produto ou serviço para atender a necessidades mais específicas.
Criação e desenvolvimento de valor
Agregar valor aos produtos e serviços é importante para garantir competitividade e força no mercado. Para isso, a empresa deve avaliar quais atributos possui para diferenciar-se da concorrência — e, então, desenvolver e potencializar sua força.
Personalização, desempenho, status, design, novidade, preço, acessibilidade ou quaisquer outros atributos devem ser bem definidos para diferenciar o negócio dos concorrentes. Há três pontos a serem considerados na formação de valor para o negócio:
- Descubra se o produto ou serviço realmente atende à necessidade do cliente;
- Aponte alternativas de melhorias das soluções oferecidas, para elevar as expectativas dos clientes;
- Identifique os pontos fortes da empresa, e desenvolva-os para agregar valor ao negócio.
Canais de comunicação e distribuição
Os canais de comunicação mais utilizados atualmente pelos clientes são as redes sociais e o e-mail. Porém, é preciso descobrir, através do perfil dos clientes, quais são os canais mais utilizados por eles — e, também, como eles interagem ali. Muitas vezes, os gestores podem se surpreender ao descobrir que um grupo menor, porém relevante, prefere fazer contatos por telefone, ou mesmo pessoalmente.
Outro canal importante é o de distribuição. Afinal, é ele que define onde e como o seu produto ou serviço será vendido e entregue ao cliente. Definir esse canal também depende de pesquisas e informações sobre o perfil do consumidor — mas, geralmente, os canais mais utilizados são as lojas físicas e os sites na internet.
Desenvolvimento de relacionamentos
Nessa etapa, o gestor avalia o grau de relacionamento que possui com o seu público — e busca meios de melhorá-lo. Oferecer canais de comunicação mais específicos e, além disso, manter um diálogo aberto a fim de solucionar problemas pode ser a chave para dar início a um plano de conquista e fidelização de clientes.
Considerando que reter clientes é mais barato do que conquistar novos, o desenvolvimento de um relacionamento mais próximo pode garantir maior taxa de lucratividade — tanto no médio quanto no longo prazo.
Origem das receitas
De acordo com a segmentação do público realizada no início do processo, as fontes de renda podem se diferenciar — de acordo com a adequação de certos produtos e serviços às necessidades específicas de cada perfil em particular. Dessa forma, a empresa consegue vender mais e garantir clientes satisfeitos por mais tempo.
Aqui, define-se não só as fontes de renda para o negócio, mas também a análise dos preços justos praticados em cada segmento.
Recursos que geram valor ao negócio
Um valor agregado não precisa ser necessariamente uma característica ou funcionalidade adicionada ao produto ou serviço vendido. Ele pode ser, também, um serviço que a empresa presta aos clientes — como atendimento, negociação, processos de compra e pagamento, entrega, pós-venda, etc.
Mas, para isso, é importante definir os recursos que a empresa possui e/ou necessita — para, assim, formar um conjunto ideal responsável por construir esse valor. Os recursos podem ser financeiros, físicos, humanos ou intelectuais.
Principais atividades do negócio
As atividades que englobam a estrutura de processos da empresa devem ser filtradas e priorizadas considerando o valor que ela agrega para o negócio. Durante essa investigação, é muito comum descobrir que a maioria das atividades mais importantes está correlacionada com a geração de receitas.
Principais parceiros do negócio
Os parceiros de negócio representam, basicamente, os seus fornecedores. Identificando os mais importantes para a empresa, o gestor pode criar uma estratégia de relacionamento que vise benefícios no futuro — como negociações de melhores preços, melhores condições de pagamento, atendimento personalizado, entregas em quantidade e tempo ajustados à necessidade da empresa, etc.
Estrutura de custos
Nessa etapa, temos a definição dos custos que envolvem as operações da empresa e garantem seu completo funcionamento. Será uma ferramenta importante de análise para apoiar uma tomada de decisão de forma consciente no que diz respeito à retração ou expansão do negócio. Veja como os custos do negócio podem ser estruturados:
Custos fixos
Permanecem sem alterações ao longo do tempo, e não são impactados diretamente pelas vendas.
Custos variáveis
Variam conforme o ritmo de produção e vendas geradas.
Economia de escala
Esses custos são reduzidos à medida que o ritmo e o volume de produção aumentam.
Economias de escopo
Nesse caso, os custos são direcionados à produção de um produto que vende mais.
É importante lembrar que o desenvolvimento de valor é fundamental em cada uma das etapas do Business Model Canvas. Ao fazer isso, o gestor desenvolverá um modelo de negócios mais inteligente e fácil de ser executado — e, também, garantirá que o negócio alcance um nível mais elevado de relevância no mercado. Dessa forma, é gerada a força competitiva necessária para desenvolver a empresa de forma sustentável.
Gostou de saber mais sobre o Business Model Canvas? Ainda tem dúvidas? Deixe um comentário!